quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Resenha do filme: Apocalypto (dirigido por Mel Gibson)

E aew galerinha do 7º ano (Érico)...
Conforme combinamos, segue alguns comentários do filme (cenas) que assistimos em sala de aula (20 de agosto de 2014).
Espero que gostem  do material que postei especialmente para vocês!
Quem quiser assistir o filme completo, segue o link a baixo.  Abraços a todos (as):
 
https://www.youtube.com/watch?v=JvA0Hs07KMQ

(Bastidores das gravações)

O filme se passa em um determinado período da era pré-colombiana onde nos são apresentados jovens caçadores de uma aldeia. Seus rituais, o modo de caçar, a coesão entre eles, e principalmente, os laços de amizade e família. O diretor nos faz adquirir simpatia pelos caçadores, dando um aspecto bem tranquilo e familiar aos personagens.
 

Jaguar Paw, seu pai e dois amigos da tribo
 
Tudo fica calmo durante quase 1/3 do filme, sempre mostrando os aspectos comuns dos aldeões.

Então, como só um cineasta poderia representar, surgem os “vilões”. Homens mais preparados para o combate, caçadores cruéis e ágeis, armados e, ainda, agraciados com o fator surpresa. Estes invasores vem como só a morte poderia chegar: fria, rápida e calculista, sem poupar suas vítimas. Liderados por um violento guerreiro, eles conseguem subjugar toda a aldeia, com o preço de muitas vidas. Mulheres, crianças, nada foi poupado ante a passagem dos algozes.

Um fato interessante, que só se percebe mais a frente, é que a nação assassina e violenta é, na verdade, a civilização Maia, um dos maiores expoentes entre os povos pré-colombianos.


Caçadores Maias
Assim, após uma longa travessia pela floresta, envolta em tensão e tortura, os homens e mulheres aprisionados são apresentados a uma realidade totalmente diferente daquela a que estão acostumados. Eles se deparam com uma cidade gigantesca, com pessoas comercializando, dotada de uma clara hierarquia, onde as pessoas parecem viver em harmonia, conscientes de seu papel dentro desta sociedade. 

Mulheres Maias
Os homens cativos são encaminhados para um local diferente das mulheres. Elas são negociadas, ao passo que os homens mais fortes são selecionados para participar de um ritual. É neste ponto que somos apresentados às pirâmides maias. Mel Gibson consegue mostrar a grandiosidade da arquitetura deste povo, além de expressar a necessidade dos sacrifícios para melhorar as colheitas e agradar ao deus do Sol, Kulkulkan. Gibson faz parecer que as mortes (onde os corações são arrancados e expostos, e as cabeças cortadas, para depois serem arremessadas por escadaria abaixo) são uma constante nos hábitos deste povo, também deixando transparecer que aqueles que não participam do ritual são, na verdade, verdadeiros admiradores do sangue e da morte. Vale ressaltar que a visão da época, segundo muitos historiadores, era outra, pois havia a crença da necessidade dos sacrifícios rituais para que o povo continuasse a prosperar. O contraste entre as duas nações é gritante, ressaltada pela presença de uma outra aldeia destruída, onde os sobreviventes vagueiam pela floresta como zumbis, silenciosos e sinistros.

Caracterização impecável: notem os dentes e a maquiagem
 O filme culmina com a fuga de Jaguar Paw, um personagem dotado de coragem e força inspiradoras. A perseguição que se segue a esta fuga é motivada pela morte do filho do guerreiro chefe Maia, provocada por Jaguar.

Reconstituição de uma pirâmide Maia

As lições de vida que Jaguar Paw recebeu de seu pai, morto por um dos Maias, são usadas em sua escapada, mostrando adaptação e grande vigor contra seus perseguidores. O fugitivo tem em sua família (mulher e filho que estão presos em um fosso) a inspiração para continuar  tentando se manter vivo. Após várias mortes (sempre ladeadas de muito sangue e violência), Jaguar finda em uma praia na qual ele e seus atacantes se deparam com navios espanhóis. Os atacantes ficam estagnados diante da grandiosidade das naus e, aproveitando, Jaguar foge e salva sua família.
O fim do filme sugere que Jaguar percebeu a malignidade nos espanhóis, indo para o interior da floresta.

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