quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Feudalismo

Introdução 
O feudalismo tem inicio com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa). As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho dos servos. 

Estrutura Política do Feudalismo 
Prevaleceram na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todos os poderes, jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).

Sociedade feudal 
A sociedade feudal era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como:
·         corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal.
·         talha (metade da produção),
·         banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).
            
             Economia feudal
A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.

Religião 
Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.

As Guerras 
A guerra no tempo do feudalismo era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval. O residência dos nobres eram castelos fortificados, projetados para serem residências e, ao mesmo tempo, sistema de proteção.

Educação, artes e cultura
educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.
arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.
Podemos dizer que, em geral, a cultura e a arte medieval foram fortemente influenciadas pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

O fim do feudalismo
O feudalismo não terminou de uma hora para outra, ou seja, de forma repentina. Ele foi aos poucos se enfraquecendo e sendo substituído pelo sistema capitalista. Podemos dizer o feudalismo começou a entrar em crise, em algumas regiões da Europa, já no século XII, com várias mudanças sociais, políticas e econômicas. O renascimento comercial, por exemplo, teve um grande papel na transição do feudalismo para o capitalismo.


Resumo I Reinado e Regência

O Primeiro Reinado

A monarquia brasileira consolidou-se de forma crítica. A marca do 1º Reinado foi a disputa pelo poder entre o Imperador Pedro I e a elite aristocrática nacional. O primeiro confronto deu-se na outorga da Constituição de 1824.
Durante o ano anterior as relações entre o governo e a Assembléia Constituinte foram tensas. Enquanto a maioria “brasileira” pretendia reduzir o poder do Trono, os “portugueses” defendiam a monarquia centralista. O desfecho foi o golpe da “noite da agonia”: a Constituinte foi dissolvida. D. Pedro, então, outorgou a Constituição que seus conselheiros elaboraram e fortaleceu-se com o Poder Moderador.
A reação veio na revolta da Confederação do Equador, em 1824. A repressão custou a vida de expoentes liberais, como Frei Caneca. Neste mesmo ano os E.U.A. reconheceram o Brasil livre. Mas os reconhecimentos português e inglês só vieram após intrincadas negociações que geraram a dívida externa. Em seguida, Pedro I envolveu-se na questão sucessória portuguesa e na Guerra Cisplatina, perdendo o Uruguai.
Em 1830, as agitações resultaram no assassinato do jornalista de oposição Líbero Badaró e na “noite das garrafadas”, entre lusos e brasileiros. Foi a crise final: no dia 7 de Abril de 1831, a abdicação de D. Pedro encerrou o 1º Reinado.


As Regências do Império

O Período Regencial (1831-40) foi o mais conturbado do Império. Durante as Regências Trinas, Provisória e Permanente, a disputa pelo poder caracterizou um “Avanço Liberal”. O Partido Português tornou-se o grupo restaurador “Caramuru” defendendo a volta de Pedro I; o Partido Brasileiro dividiu-se nos grupos Exaltado (“Farroupilha”) e Moderado (“Chimango”), respectivamente a favor e contra uma maior descentralização política.
A Regência Trina Permanente criou, em 1831, a Guarda Nacional, através do Ministro da Justiça Padre Diogo Feijó. A nova arma servia à repressão interna e deu origem aos “coronéis” das elites agrárias. A Constituição foi reformada através do Ato Adicional de 1834. Foram criadas as Assembléias Legislativas Provinciais, abolido o Conselho de Estado e substituída a Regência Trina pela Una.

Estas parcas vitórias liberais produziram, então, o Regresso Conservador. Os regentes Feijó, do Partido Progressista, e Araújo Lima, do Regressista, enfrentaram a radicalização das Rebeliões Regenciais: Cabanagem (PA), Sabinada (BA), Balaiada (MA) e a Guerra dos Farrapos (RS/SC) foram as principais. Todas de caráter federativo, embora tão distintas. E a principal conseqüência foi o Golpe da Maioridade, em 1840.

A Era Vargas


No dia 10 de outubro de 1930, uma junta governamental foi formada por generais do exército. No mês seguinte, Júlio Prestes foi deposto e fugiu junto com Washington Luís e o poder então foi passado para Getúlio Vargas.

Governo Provisório (1930 - 1934)
Nomeado presidente, Getúlio Vargas usou de poderes quase ilimitados e, aproveitando deles, começou a modernizar o país. Ele criou novos ministérios: como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde. Nomeou interventores de estados. Na prática, os estados perdiam grande parte da sua autonomia política para o presidente. Continuou com a Política de Valorização do Café (PVC) atendendo as reivindicações das oligarquias cafeeiras.
Vargas também criou a Lei da Sindicalização, pretendia, assim, tentar ganhar o apoio popular, (a política conhecida como populismo). Na Era Vargas, houve grandes avanços na legislação trabalhista brasileira, mudanças essas que perduram até hoje.

O Governo Constitucionalista (1934 - 1937)
Getúlio Vargas convoca a Assembléia em 1933, e em 16 de Julho de 1934 aprova a nova Constituição, trazendo novidades como: o voto secreto e o voto feminino. Nessa mesma época, duas vertentes políticas começaram a influenciar a sociedade brasileira: Ação Integralista Brasileira-AIB (de direita e fascista) e do outro lado a Aliança Nacional Libertadora-ANL (esquerda, socialista).
·         Integralismo: Corrente que defendia o fascismo no Brasil, liderada por Plínio Salgado.
·         Aliancismo: Corrente que defendia a revolução socialista no Brasil - Luiz Carlos Prestes e Olga.

Estado Novo (1937 - 1945)
A constituição de 1937, que criou o "Estado Novo" tinha caráter centralizador e autoritário. Ela tirou a liberdade partidária e a independência entre os três poderes. Vargas fechou o Congresso Nacional e criou o Tribunal de Segurança Nacional. Os prefeitos passaram a ser nomeados pelos governadores e esses, por sua vez, pelo presidente. Foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda para projetar Getúlio Vargas como o "Pai dos Pobres" e o "Salvador da Pátria".

O Fim

No dia 29 de outubro de 1945, Vargas foi deposto por um golpe militar, sendo levado ao exílio na sua cidade natal, São Borja-RS. No dia 2 de dezembro do mesmo ano, foram realizadas eleições livres e Vargas foi eleito senador pela maior votação da época. Era o fim da Era Vargas, mas não o fim de Getúlio Vargas, que em 1951 retornaria à presidência pelo voto popular. Na sucessão de Dutra, em 1950, o PTB lançou Getúlio Vargas como candidato à presidência, numa campanha popular empolgante e vitoriosa. Getúlio Vargas voltou ao poder "Nos braços do povo"