domingo, 7 de setembro de 2014

NAZIFASCISMO E SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - 1939 - 1945

Apresentação:
As operações militares da Segunda Guerra Mundial se estenderam da invasão da Polônia pela Alemanha nazista, a 1/9/ 1939, até a assinatura da rendição incondicional do Japão, em 2/9/1945, provocando 45 milhões de mortos, 35 milhões de feridos e 3 milhões de desaparecidos. Nessas operações militares se defrontaram as potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e as potências Aliadas (Grã-Bretanha, Estados Unidos e União Soviética). Com a invasão alemã à Polônia em 1939 e o ataque japonês a Pearl Harbor em 1941, duas guerras paralelas, mas relacionadas entre si, compuseram o quadro do novo conflito mundial: a primeira teve como palco principal a Europa, onde a União Soviética desempenhou um papel preponderante vencendo a Alemanha, e a segunda se desenrolou no Oceano Pacífico, onde os Estados Unidos se destacaram derrotando o Japão. Quanto à sua evolução, o curso da guerra desdobrou-se em três fases: as vitórias do Eixo (1939-1941), o equilíbrio de forças (1941-1943) e as vitórias dos Aliados (1943-1945).

Introdução:
Seria muito simplista do ponto de vista da História entendermos as 2 grandes guerras do inicio do séc. XX apenas pelo descrever das batalhas, datas, biografias dos personagens, mortes e consequências. Estes dois acontecimentos Históricos são muito mais complexos do que pensamos por abranger valores culturais diversos, ressentimentos seculares, mostrar o retrato da sociedade de uma época. É temerário abordarmos as grandes guerras sem considerarmos aspectos como: o sentimento nacionalista, as políticas do imperialismo, o nazifascismo, o cenário econômico antes e após crise de 1929, as doutrinas socialista e capitalista. Deste “caldo” de eventos os entrelaçamentos e desdobramentos formam as histórias pessoais dos sujeitos históricos, ao da localidade, da nação e do mundo. De certo foi que as pendengas das disputas imperialistas entre as potencias europeias não cessaram com o final da Primeira Guerra de 1914 a 1918. As condições firmadas pelos tratados de paz, principalmente o Tratado de Versalhes, impondo pesados ônus aos derrotados contribuíram mais para o acirramento dos ânimos do que necessariamente para estancar o sentimento de revanche, contaminando com a discórdia as relações entre os países. Exemplo típico foi a Alemanha, apesar de duramente atingida pelo tratado de Versalhes foi pela força econômica dos grandes monopólios industriais que consegue recuperar-se, reiniciar o processo expansionista e retomar a militarização para lutar pelos mercados mundiais. Agora alimentada pelo sentimento de revanche que levaria o mundo a uma nova guerra mundial sem precedentes na história.
Contudo para tentar entender o “caldo” que constituiu a Segunda Guerra Mundial precisamos acrescentar outros ingredientes, pois o cenário da época é assinalado por importantes acontecimentos econômicos e políticos que interferem no contexto.
Vejamos.
A crise do capitalismo de 1929 abalou a confiança em vários governos liberais (democráticos) europeus e desestabilizou o poder constituído. Paralelamente a crise do capitalismo a ascensão do “perigo vermelho” do socialismo, fortalecido pelo advento da Revolução Bolchevique de 1917, alcança elevado nível de temor entre os grandes centros capitalistas, fato que justificava a retomada de discursos autoritários nazifascistas como parte de uma nova estratégia dos capitalistas para manter os interesses econômicos através do forte controle político e incentivo ao expansionismo imperialista. Nesta conjuntura os regimes totalitários obtiveram expressiva representatividade na Alemanha, Itália e Japão. A efervescência dos discursos e programas políticos constituídos de profundo desprezo a democracia ganharam espaço e destilavam seu veneno sobre a população que passou a considerar o nazifascismo como uma possibilidade viável. O crescimento do nazifascismo só pode ser explicado a partir do medo dos capitalistas face ao crescimento do socialismo soviético e o aumento da luta de classes nos países. Portando se a Segunda Guerra é a continuidade da Primeira Guerra, por sua natureza imperialista podemos afirmar que o nazifascismo foi o ingrediente particular que corroeu a crença na democracia e tornou-se no instrumento capitalista de dupla face: retomada do expansionismo imperialista e combate ao socialismo. A compreensão torna-se mais clara quando perguntamos como pequenos partidos ultra nacionalistas obtiveram crescimento assustador em curto espaço de tempo ou quando questionamos a leniência de ingleses e franceses diante do expansionismo e remilitarização da Alemanha, da consolidação do fascismo na Itália, Espanha, Portugal, Polônia e também da ditadura do Estado Novo no Brasil.

REVENDO A DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO NAZI-FACISMO
Nazismo e Fascismo constituíram-se uma forma de governo autoritária, cujo auge deu-se na década de 1920-30 e que pretendia o estrito controle da vida nacional e dos indivíduos de acordo com ideais nacionalistas e com freqüência militaristas. Os interesses opostos seriam resolvidos mediante total subordinação ao Estado, exigindo-se uma lealdade incondicional ao líder no poder. O Nazifascismo baseia suas idéias e formas num conservadorismo extremado, constituindo-se uma ditadura capitalista de extrema-direita, produto da crise pós-I Guerra Mundial, da crise do liberalismo e do crescimento do comunismo.
Em outras palavras, o nazifascismo foi a resposta da burguesia para a grave crise que atingia o capitalismo no início do século XX. Assim, não se pode “personalizar” tais regimes: se Hitler e Mussolini não tivessem implantado suas ditaduras, outros o fariam, pois era uma exigência do grande capital. Nazismo e Fascismo são, na verdade, o mesmo fenômeno. Suas diferenças se devem, conforme veremos adiante, às diferenças históricas de cada país. O Nazismo surgido na Alemanha foi apenas uma forma mais desenvolvida de Fascismo, que se originou na Itália. A palavra Fascismo origina-se do termo latino “fasces”, nome dado a um feixe de varas amarrado a um machado, que simbolizava a autoridade à época do Império Romano. Mussolini se apropriou da palavra e deu o nome de Fascismo ao Estado forte que pretendia criar. A partir daí, o termo passou a designar uma série de estados e movimentos totalitários no período entre a I e a II Guerra Mundial (1939-45), e cujo exemplo mais extremado foi o Nazismo alemão. Para entendermos melhor esta fase tomaremos como exemplos um dos fatores fundamentais que propiciou a tragédia da 2ª Grande Guerra: O Regime Nazista.

As fontes do Nazismo não são novas. O movimento surge do resultado da fusão e da reelaboração de ideais e sentimentos antigos da sociedade alemã. Outros movimentos compartilhavam de características como: o nacionalismo extremado, o racismo e a intenção de criar uma sociedade reacionária e militarista. Mas coube ao Nazismo a prevalência em suplantar outros movimentos e conquistar o poder. A Alemanha imperial de 1870 a 1918 era uma sociedade autoritária, reacionária e militarista, e os nazistas souberam aproveitar estas características e se apropriaram desta herança para elaborar seu projeto de governo. Utilizam as idéias dos conservadores alemães que não viam bons olhos a sociedade industrial. Estes intelectuais se refugiavam em um mundo mitológico e medieval (passado heróico) para determinar que a sociedade moderna e a política só poderiam renovar-se através da arte. Com estes elementos compunham a mitologia da pureza e da escolha do povo alemão como o eleito por Deus. Nos seus discursos Hitler constantemente refere-se ao passado glorioso do Sacro Império Romano-Germânico a fim de realizar a ponte com a História dando a impressão de continuidade das glórias do povo germânico através do III Reich fundado pelo Nazismo. Mesmo o anti-semitismo – mais presente no nazismo que em outros movimentos de caráter fascista – não era uma criação original. Grupos anti-semitas pululavam em toda a Alemanha e Aústria desde o século XIX e suas ideais são encontradas na Europa em séculos anteriores.

Mas, por que tantos alemães escolheram o nazismo?
Em boa parte parece claro que muitos alemães votavam no nazismo por descrédito nas democracias, por questões políticas locais ou ainda por acreditarem nas propostas nazistas (que, diga-se de passagem, faziam parte da tradição alemã). Mas de um ponto de vista abrangente, colaborou a “fantástica” máquina de propaganda nazista. O aparato cenográfico montado impressionava a população e rapidamente os nazistas cooptaram a fúria, o desejo de vingança pela humilhação que o povo alemão passou na guerra anterior, restava um povo empobrecido e humilhado pela derrota e pela crise. Portanto não foi difícil imaginar porque os alemães não questionaram as intenções de Hitler. Os conceitos do programa Nazistas de virilidade, sangue e raça substituíram as promessas de mais empregos ou de justiça social dos partidos socialistas. Hitler não prometia a igualdade entre os indivíduos, mas a superioridade um povo de senhores, os alemães, diante de seus servos, o resto da humanidade. Pode-se imaginar o efeito devastador e multiplicador destas propostas a uma população humilhada e desesperançosa. Foi esta habilidade de manipula as emoções e os desejos das pessoas que deu popularidade à mensagem de “Her” Hitler. (Texto adaptado de: João f. Bertonha – Fascismo, nazismo, integralismo. – Editora Ática – São Paulo)

Assista este discurso de Hitler dirigido a juventude alemã e observe o teor da mensagem:

HITLER DISCURSA PARA JUVENTUDE ALEMÃ

PARA SABER MAIS!!

AS BATALHAS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - SITE INTERATIVO

VAMOS EXERCITAR SEUS CONHECIMENTOS!!

EXERCÍCIOS 2ª GUERRA MUNDIAL

RESUMO - Roteiro
1 – Antecedentes (década de 30):
  • Fortalecimento de regimes totalitários nazifascistas.
  • Formação do EIXO (Roma + Berlim + Tóquio) – Pacto ANTIKOMINTERN (Anticomunismo).
  • Pacto de “Não Agressão” entre URSS e Alemanha.
  • Fracasso da política de apaziguamento da Liga das Nações.
  • Desrespeito da Alemanha ao Tratado de Versalhes. A instituição do serviço militar obrigatório. A oupação das zonas fronteiriças com a França. Incorporação da Áustria (o ANCHLUSS). Incorporação da Tchecoslováquia (nos Sudetos).
  • As invasões feitas pelo Eixo : Invasão da China (1931 - Manchúria) pelo Japão. A Invasão da Etiópia (1935) pela Itália.
  • Invasão da Polônia pela Alemanha em 1/9/1939 – início da 2ª Guerra Mundial.

2 - Fases da Guerra:
  1. 1939: “Guerra de Mentira” – preparação.
  2. 1939 – 1942: Vantagem das tropas do Eixo.
  • Ocupação da Dinamarca, Noruega, Holanda e França (BLITZKRIEG – Guerra Relâmpago).
  • França, Inglaterra e Bélgica são expulsos do continente (“Retirada de Dunquerque”).
  • Formação do governo colaboracionista de Vichy (sul da França).
  • Invasão da URSS (1941) rompendo acordo de não agressão (minérios, petróleo, cereais).
  • Ataque japonês a base americana de Pearl Harbour (1941) – Os EUA entram na guerra.
  • Expansão territorial máxima das forças do Eixo.
  1. 1942 - 1943 : Equilíbrio de Forças.
  • Batalha de Stalingrado (42-43): URSS* X ALE – 1ª frente.
  • Batalha de Midway (1943): EUA* X JAP.
  • Controle do Norte da África(Egito – 1943): Aliados* X ALE+ITA.
  • Controle do Mediterrâneo – Desembarque na Itália – 2ª frente.
     D. 1944 -1945 : a FASE FINAL – Vitória dos Aliados
  • “Dia D” (Desembarque da Normandia - 1944): A libertação da França – 3ª frente.
  • Invasão da Alemanha (maio/1945).
  • Bombas atômicas em Hiroxima e Nagasáqui (Japão – agosto/45). O fim da guerra no Pacífico.
3 - Consequências da II Guerra:
  • 50 milhões de mortos (20 milhões – URSS; 6 milhões – Polônia; 5 milhões – Alemanha; 1,5 milhão – Japão).
  • HOLOCAUSTO – assassinato de aproximadamente 6 milhões de judeus em campos de concentração ou de extermínio.
  • A Bipolarização mundial entre os EUA (capitalismo) X URSS (comunismo).
    • GUERRA FRIA.

4 comentários:

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